segunda-feira, 2 de junho de 2008

JOHANN GUTEMBERG

As grandes invenções tiveram sua paternidade disputada por vários inventores, muitos deles autênticos. No campo dos engenhos de comunicação essa disputa ocorreu no que diz respeito, por exemplo, às invenções do telégrafo elétrico, do telefone, do telégrafo sem fio, do rádio.... e, antes de todos, da tipografia. Seis inventores estiveram às voltas com experimentações tipográficas, porém, coube ao alemão Johann Gutemberg a paternidade final. Nascido provavelmente na Alemanha, em Mainz, por volta do ano de 1400, teve de se exilar por questões políticas, transferindo-se para Estrasburgo, onde viria a se interessar pela gravação de xilogravuras sacras. Em 1436, ligou-se a João Riffe, formando uma empresa à qual, posteriormente, vieram a associar-se André Dritzsehen e André Heilmann. A sociedade durou pouco, mas pesquisas apontam que todos estiveram envolvidos com a montagem de uma prensa aperfeiçoada, condição necessária para a impressão tipográfica.
Não se sabe ao certo em que ano Gutemberg retornou a Mainz . A última menção à sua presença em Estrasburgo data de 1444. É razoável supor que já se encontrasse de volta à cidade natal quando imprimiu o "Weltgericht" ("Juízo Final"), publicação a ele atribuída e tida como o mais antigo testemunho da tipografia européia. Impresso, segundo se supõe, entre 1444 e 1447, o "Weltgericht" devia compor-se de 74 páginas. Dele, entretanto, somente se salvou um fragmento, equivalente a uma página, encontrado em Mainz, em 1892. Especula-se sobre a hipótese de Gutemberg ter ainda produzido outros trabalhos, antes de lançar-se à impressão da Bíblia.
O "Calendário Astronômico" teria sido impresso, de acordo com cálculos do astrônomo Banschneider, em 1447. No entanto, pesquisas recentes tendem a remetê-lo a período bem posterior, por volta de 1458. Em 1450, já seguro de sua arte, Gutemberg se propõe a imprimir a Bíblia e consegue um empréstimo de 800 florins junto a dois negociantes, João Füst e Pedro Schaeffer. Os custos aumentam e Gutemberg pede mais dinheiro emprestado, oferecendo como garantia a penhora de sua própria oficina. Em 1455, Füst executa o crédito; Gutemberg não tem como saldar a dívida; a Bíblia não estava pronta. A oficina cai mesmo em poder de Füst e Schaeffer que, finalmente, em 1456, imprimem a "Bíblia de 42 linhas", a primeira bíblia impressa e, por suas 642 páginas, o primeiro atestado da eficiência da tipografia. Sua tiragem foi de, aproximadamente, 200 exemplares, dos quais, incluídos os incompletos, cerca de 48 ainda sobrevivem, segundo informa o Museu Gutemberg de Mainz.

3 comentários:

Rui Pedro disse...

Olá Alexandre no Domingo foi muito divertido estar-mos juntos na Fundação de Serralves.
O texto sobre Gutemberg está muito bem.
Um abração do teu amigo
Rui Pedro.

Professor Hélder disse...

Olá, Alexandre!!!
Fico muito feliz por aprofundares os teus conhecimentos e aplicares todos os teus saberes.

Muitos Parabéns!!!

José António Borges da Rocha disse...

Alexandre gostei de visitar o teu blogue.

Saudação José António